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5 perguntas que a Ciência ainda não respondeu

Apesar da evolução constante, a ciência ainda possui várias perguntas não respondidas. Vamos conhecer as principais?

 


É do renomado filósofo francês Claude Lévi-Strauss a afirmação: “O cientista não é aquele que fornece as respostas certas, mas sim quem formula as perguntas certas.” Essa observação ressoa na essência da boa ciência. A habilidade de formular boas perguntas é, sem dúvida, uma fonte inesgotável de inovação científica.

Um questionamento provocativo tem o poder de catalisar descobertas empolgantes, abrindo novos caminhos de investigação. Mas quais as principais perguntas que ainda ocupam a mente dos cientistas modernos?

1. Do que é feito o Universo?

O Universo guarda um segredo profundo: apenas 5% de sua composição é conhecida. Esse 5% consiste nos átomos familiares que compõem a tabela periódica, juntamente com seus agregados moleculares e componentes fundamentais como prótons, elétrons e nêutrons. No entanto, os restantes 95% compõem uma escuridão cósmica composta por matéria escura (cerca de 27%) e energia escura (aproximadamente 68%).

A matéria escura, um manto invisível, exerce sua influência gravitacional ao redor de galáxias, enquanto a energia escura, preenchendo o espaço como um éter misterioso, empurra as galáxias para longe umas das outras. Mas ninguém conseguiu ainda descobrir o que forma a matéria escura nem qual a fonte da energia escura.

2. Estamos Sozinhos no Universo?

Esta indagação transcende a busca por vida extraterrestre para penetrar no âmago de nossa existência cósmica. Não apenas queremos saber se outras formas de vida existem, mas também se são inteligentes. A busca por vida no cosmos, detalhada no livro recente de Adam Frank, “The Little Book of Aliens”, levanta a questão de quão comum é a vida no Universo.

O silêncio do cosmos diante da aparente vastidão espacial também provoca reflexões sobre o porquê de não termos ainda recebido sinais de inteligências alienígenas, desafiando nossas noções sobre nossa posição no Universo.

3. O que nos torna humanos?

Ao comparar nossa complexidade biológica com outros seres vivos, surge a pergunta: o que nos torna verdadeiramente humanos? Com três vezes mais neurônios que um gorila e um DNA quase idêntico, distinguimo-nos por características como o córtex frontal mais espesso, polegares opositores e conquistas culturais como a descoberta do fogo e a capacidade de cozinhar.

Descobrir quando a linguagem e a fabricação de ferramentas surgiram oferece insights sobre nossa singularidade evolutiva, abrindo portas para explorar as complexidades da humanidade.

4. Como o cérebro gera a autoconsciência?

A busca pela compreensão da consciência mergulha nas profundezas do cérebro humano. Como o cérebro gera a sensação única de sermos únicos? Essa autoconsciência intriga os cientistas, que questionam se o cérebro pode ser modelado por máquinas. A interseção entre a consciência e a física quântica também atrai atenção, destacando a complexidade da mente humana e seu propósito evolutivo, se houver.

5. Existem outros universos?

As teorias modernas de cosmologia e física de partículas aventuram-se na possibilidade de outros universos além do nosso. Essas dimensões cósmicas alternativas, com propriedades distintas, desafiam nossa concepção de singularidade cósmica. A busca por evidências desses universos paralelos suscita perguntas sobre a validade científica dessa hipótese. A complexidade do multiverso, embora intrigante, destaca a necessidade de abordagens críticas na exploração do desconhecido.

Embora o processo de encontrar respostas adequadas demande uma mente curiosa e inquisitiva, é inegável que muitas das descobertas científicas mais emocionantes foram desencadeadas por aquela faísca inicial de inspiração proveniente de uma pergunta verdadeiramente instigante.

São questionamentos que, ao serem feitos, fazem com que todos ao redor se detenham e pensem: “Uau, isso é realmente um ponto interessante a considerar!” A ciência, assim, floresce no terreno fértil das perguntas bem formuladas, moldando continuamente nossa compreensão do mundo que nos cerca.

 

Fonte: Site Olhar Digital. Matéria por: João Velozo e editado por Bruno Ignácio de Lima. Imagem: Crédito: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital

 


 

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